quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Eleições e política - poucas palavras

Quanto a eleições e política em geral, o melhor seria não gastar muito tempo com isso. Na maior parte das vezes os candidatos são eleitos pelo carisma que tem e a lábia que possuem para enganar seus eleitores.  Quem elege os candidatos é a massa, ou seja, a enorme maioria que abandonou a escola e que não tem a mínima condição de julgar o que pode ser bom e ruim em uma pessoa. O melhor mesmo, nessa bagunça, é se precaver contra perseguições ou outras situações desagradáveis devido ao posicionamento político.

Os  candidatos  não são escolhidos pelo aprendizado que tiveram. O currículo tanto escolar quanto de trabalho não tem quase peso nenhum para alterar a escolha de quem vai governar ou representar um povo. Vence o mais falador, que tenha melhor aparência ou aquele com que o povo mais se identificou. Não importa o que ele já tenha aprontado.
Exemplos: Fernando Collor foi eleito com 35 milhões de votos para presidente. Pergunte-se a qualquer senhora o que ela achava da aparência física dele e se isso não pode ter interferido. Por outro lado, em Brasília, uma vez, um candidato aparentemente analfabeto concorria com Cristóvão Buarque para uma eleição. Depois de ser arrebentado no debate pelo concorrente, fez-se de vítima e angariou simpatia do povo. Comentário das copeiras no ministério, no dia seguinte: Tadinho do seu "fulano", um homem tão bom sendo humilhado por aquele metido. Ainda pesou a favor do "tadinho" o fato de que prometeu lotes à vontade, caso fosse eleito.
O direito de todos a votar se chama sufrágio universal. Em um estado de democracia e principalmente num país que sofreu anos de regime militar não há espaço para discutir tal direito. Então todos votam. Mas ninguém é obrigado a sequer ler a constituição para saber o que é o Estado. Para dirigir é necessário uma carteira de motorista. Mas para ser eleitor não é necessário nem ler. A "colinha" dos números é um costume antigo e que não foi abandonado nem mesmo na era da informática.
O caso é que não há senso crítico na avaliação dos candidatos. As políticas públicas, em sua esmagadora maioria, são traçadas sempre com o objetivo de atender o quesito da "visibilidade". Quanto mais se fizer pelo povo sem se cobrar nada, melhor será o resultado nas urnas. Enquanto isso, nos pequenos povoados do interior e nas comunidades se perpetuam as gerações e mais gerações de pessoas inertes que vivem à mercê dos programas assistencialistas e das benesses que o serviço público se obriga a lhes propiciar. Quem paga por isso é o cidadão de classe média que paga os impostos direta ou indiretamente, todos os dias. Impostos pagos diretamente, numa linguagem bem simples, são aqueles que o dinheiro sai direto do bolso do contribuinte para o caixa do governo: IPTU, IPVA e Imposto de Renda. Indiretamente, porém, são pagos ICMS, IPI ou outros similares em cada pãozinho, em um quilo de fubá, no custo de uma folha de caderno e em quase tudo que se necessitar no dia a dia.

O importante nisso tudo é ver que alguns cidadãos conseguem estar acima de todos os problemas. A classe média e mesmo a classe que lhe vem logo abaixo tem sobrevivido a isso tudo. Os obstáculos aparecem e os pequenos empresários os vão contornando. Mais um imposto aqui, mais uma taxa ali, e mais 500 folhas de novos documentos que são necessários ali. Nada abate definitivamente a força que tange o pequeno empresariado, os funcionários públicos e outros prestadores de serviço entre os quais se incluem os professores, por exemplo.
Apesar de as escolhas não serem as ideais, de os eleitores e muito menos os eleitos não serem tão escolhidos quanto poderiam, ainda há esperança. Essa bagunça tem sido desse jeito há muitos anos e para mudar ainda vai demorar muito. Os valores em geral vão sendo mudados e com eles as formas de manipulação da opinião pública e as ofertas para que se acredite que algo novo e realmente honesto vai surgir.
É importante não se abater por isso e mais ainda, não se deixar levar pela falta de caráter quase generalizado. O mistério é descobrir formas de contornar a incompetência, a má vontade e todos os outros valores ruins e ainda assim se dar bem, no bom sentido da palavra. E é importante refletir de vez em quando, no que está acontecendo para se manter protegido. E ter uma opinião, um senso crítico, enquanto ele não é proibido.
Por enquanto não começaram a matar ninguém por avisar os outros, não. Por enquanto.

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