quarta-feira, 28 de março de 2012

O Objetivo é ser subjetivo mas crescer

         Vontade de voltar no tempo? Não. Não se trata disso. O tempo certo para aprender algo não existe. Cada um faz o seu tempo como quer e como lhe é possível fazer com os recursos que possui e com o meio em que vive.
          Mas há algumas coisas que poderiam ser ditas a jovens e adolescentes e que poderiam lhes ser úteis pela vida inteira. Feliz ou infelizmente, a maioria das pessoas não teve acesso a isso. Pais, Mães, amigos, amigas e inimigos em gera, a mídia e os livros criam balizas que fazem com que o sentimento pessoal sobre determinados assuntos seja, de saída, negativo o que barra o ataque a tais áreas de conhecimento sobretudo por crianças e adolescentes, o que vem a se refletir também na sua vida adulta.
         A importância de se diferenciar o objetivo e subjetivo surge nesse momento. Várias vezes as pessoas são surpreendidas em situações que demonstram que não sabem ver a diferença entre uma coisa e outra. Um dos melhores exemplos é o gosto por filmes e outras obras de arte, ou mesmo por esportes.
         Objetivo é aquilo que independe do gosto pessoal, da sua vontade, da sua interferência no mundo ou do que é importante para você. Para saber, objetivamente se uma coisa é boa, ou ruim, é importante sempre tentar sublimar, minorar o efeito instantâneo que uma obra, ou um jogo, ou até uma notícia ou qualquer fato da vida tem para a pessoa.
          Desse modo é possível não se gostar, não ser fã de futebol e gostar e apreciar as melhores jogadas que são feitas. Nesse caso não é a paixão por um time que manda, por exemplo. O que conta é como aquilo que se está apreciando é realmente bem feito. Da mesma maneira pode-se falar de um filme que pertence a um gênero que não se aprecia.
           Não se pode dizer, OBJETIVAMENTE, que toda película de terror é ruim. Nesse caso estariam sendo desprezados o trabalho dos artistas, profissionais das câmaras, diretores e mesmo o pessoal mais simples que apenas encontrou mais um trabalho auxiliando por ali.
           Muitas vezes são vistas pessoas falando que não gostam de inglês. Que não apreciam essa o aquela matéria e que não ligam para um caso que aconteceu na história, há 300, 400 anos atrás ou até mais. Os verdadeiros vencedores, aqueles cujos resultados superam em muito os da imensa maioria não perdem tempo com esses posicionamentos.
           Enquanto a massa se desgasta com esse tipo de comentário e mesmo com essa licença para não gostar de algo, os que realmente almejam grandes resultados estão sim, observando onde se localiza a fragilidade geral e direcionando seus esforços para serem bons exatamente naquela área.
           Os ganhos pessoais são enormes com esse posicionamento de fora do processo para se criar uma opinião sobre ele. A experiência fica mais rica pois não foi limitada pelos preconceitos a respeito de um assunto. Quebradas as paredes e abertos os acessos a essas novas possibilidades de aprendizado os limites individuais ficam cada vez menores e pode-se vir a ganhar em aprendizado seja simplesmente para a vida diária, com mais opções de diversão e discussão. E com maiores possibilidades de alcançar resultados que dependam de aprendizado, por exemplo.
            Pode-se por outro lado transformar essa postura, em maior ou menor grau, num estilo de vida e de abordagem de todos os assuntos. Nesse momento o OBJETIVO passa a ser o SUBJETIVO. Tal processo, é claro, acontece em maior ou menor grau de acordo com o esforço e as próprias opções que o indivíduo vai fazendo ao longo da vida.
           À medida em que se abre mão dos preconceitos, dos balizamentos criados pelo meio e pelas pessoas que se convive para se determinar a sua posição sobre algo, ganha-se muito. São aumentadas as possibilidades de se conhecer novos assuntos, experimentar novas formas de arte e de aculturação e pode-se vislumbrar um aprendizado cada vez maior com o consequente enriquecimento da experiência de viver.