quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Corra Lola! para ser a ponte...

         A busca de informações sobre Freud para escrever um texto revelou um blog chamado “Escreva Lola, Escreva”. De forma bem provocativa, mas com um texto bem construído e uma argumentação razoável a moça que o escreve generaliza os homens com o termo “mascus”. Não fica claro se ela deixa qualquer exceção. Também não foi possível ficar lendo mais coisas dela, por falta de tempo e por que não ser sincero, por falta de vontade, também
        O nome do Blog é uma brincadeira com “Corra Lola, Corra”, nome de um filme excelente, um verdadeiro clip musical de longa duração dirigido por Tom Tykwer e que movimentou bastante gente no seu lançamento.
         Em relação ao conteúdo,  como se pode ver no blog, (a pesquisar) a autora mostra alguns posicionamentos masculinos que ela captou na internet e que ela considera fracos e até ridículos. A leitura do texto principal e dos comentários suscitou a ideia de elaborar um comentário que foi colocado na página e está aguardando aprovação.
         Os comentários lançados por outros leitores estão repletos de comparações, ataques verbais e outros sentimentos menores e que raramente acrescentam fatos novos à discussão.
         A questão mais interessante, entretanto, seria inclusive, se vale a pena discutir assuntos já velhos e repetidos. Principalmente para quem já pensa um pouco mais e principalmente para quem tem um pouco mais de experiência de vida - modo eufêmico de falar dos quarentões. Já não seria o caso de algumas pessoas haverem superado essas coisas e tentarem ver que é nas diferenças que estão a riqueza de possibilidades do ser humano? E que o importante é educar o caráter, procurar razão nas coisas, ter metas definidas a exemplo de dar uma boa educação e uma boa índole aos filhos e por aí vai?
         As brigas que tem um fim em si mesmas são apenas perda de tempo e se transformam em circo. Circo sim,  pois muitos que estão de fora se aproveitam para se divertir com os embates que, no final, vão ser cansativos para todos. Até para o vencedor, se o houver.
         Pela leitura do comentário talvez seja possível entender o posicionamento que se tentou demonstrar.
         Segue:
“Bom Dia! Hoje estava procurando algo sobre Freud para escrever sobre amor romântico e sexo e achei esse o blog “Escreva Lola, Escreva”
Oh Lola, eu acho que mais importante é não fomentar o atrito. Ele já existe e sempre vai existir.
Não é exatamente o seu caso, mas para que procurar comparações, ataques verbais e realçar exatamente o que há de ruim?
Essa capacidade toda de escrever e de pensar as situações que a gente vê nos comentários, por exemplo e em alguns outros textos, poderia ser MUITO mais eficaz se fosse direcionada para entender o que causa essas diferenças todas.
Nós somos o resultado de anos e anos de vivências, de memórias que vão ficando e não, as coisas não vão mudar muito rápido por causa de posicionamentos radicais.
Arte muito bonita e na qual as mulheres têm maestria branca é a de convencer as pessoas de que uma determinada coisa é boa para elas. É possível fazer com que a pessoa decida que tal coisa é boa, sem confrontá-la de forma nenhuma. E todos nós podemos fazer isso devagarinho.
O fiel da balança é o BEM ESTAR, a busca da felicidade conquistada e a educação do caráter como diria Nietzsche. Sem isso como meta, nós ficamos perdidos e a luta, o embate, vira um fim em si mesmo...
No mais, Felicidades para Você e seus leitores. Gostei muito de escrever essas coisas e vou adaptar para o meu blog. VAMOS SER A PONTE”

         Intuitivamente, muita gente já vive essa constatação no seu dia a dia: As brigas, o posicionamento machista ou feminista não demonstraram ser muito produtivos. O que provou ser bom mesmo é o carinho com que se fazem as coisas, a alegria de interagir e mostrar às pessoas o seu lado bom e junto com elas, e não contra realizar coisas. O importante é obter os resultados desejados.
         Homem ou mulher, muitos aprenderam se calar quando o problema é realçar os pontos ruins de cada um. Como dito antes, nas diferenças, no reforço contínuo das boas características é que está a maior riqueza de possibilidades para o ser humano. Sejamos a ponte para o homem depois do homem – Nietzsche. Não  um muro.
Obs.: Relendo o texto do comentário depois de mandado sempre aparecem detalhes que poderiam ter sido melhorados. Mas o caso aqui é o de mostrar exatamente o que foi posto no blog.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Filosofia de escravo e filosofia de senhor – Questão de bom senso


      Nietzsche dividiu as forma de pensar do ser humano em pelo menos dois ramos.  
      Uma é da pessoa que precisa de um guia. É o “escravo”. Ela está determinada a ser obediente sempre e a cumprir tudo aquilo que lhe for mandado. Todas as convenções da sociedade também funcionam para este tipo de pessoa como se fossem verdadeiras ordens. Para esses casos não são necessários nem exemplos. A maioria das pessoas tem um pouco disso em maior ou menor grau.
      Do outro lado aparece a forma de pensar do patrão. O mundo gira ao seu redor. Todos lhe são devedores. As regras são feitas para ele e escolhe sempre aquelas que vai obedecer. A humanidade nas outras pessoas não existe. O importante são as metas.
      É o tipo mais fácil de exemplificar: a grande maioria de patrões e empresários que tripudiam de seus empregados. Em seus carros, geralmente os maiores, não podem fazer uma cortesia sequer. Não se preocupam em respeitar normas básicas de trânsito a não ser por medo da perda financeira com a multa. Os outros seres humanos estão a seu dispor para obterem o melhor de tudo. O fato de terem que cumprimentar alguém já lhes causa asco ou somente é feito quando há interesse envolvido. Costumam perder muitas oportunidades de fazerem amigos bons ou grandes negócios por serem altamente “seletivos”.
      O interessante dessa questão é que, apesar de tudo, não há um lado certo para escolher. Há apenas a maneira certa e o momento de usar cada forma de pensar. Como disse Aristóteles, “a virtude está no meio”, cabe usar o bom senso. Um bom crivo a ser utilizado na escolha dos posicionamentos é o respeito à humanidade das pessoas. Ou pelo menos ao seu bem estar.
      O respeito absoluto às regras, às convenções e mesmo às leis já causou muitas tragédias por aí. Veja o caso do Povo Alemão na Segunda Guerra. Se não foram as piores vítimas foram, com certeza as primeiras e as últimas do nazismo. Tudo pela obediência excessiva e a falta de questionamento do que estava sendo feito com seu próprio povo. Extrema necessidade de um guia, literalmente, em alemão "Führer”, e o tiveram. Aos burocratas inveterados e idiotizados pelo poder não poderia ser dado presente maior que uma devoção dessas. Os políticos amariam.
       Por outro lado, em nível coletivo, o pensamento de patrão tem suas vantagens. Empresários altamente condescendentes não conseguem manter os negócios funcionando. Distribuem vantagens demais. Não negociam as melhores condições para a empresa e acabam destruindo-a. E junto se vão os empregos e a estabilidade da própria família de seus empregados. Neste caso, mesmo que sua dureza resulte em falta de humanidade, ele se torna quase que literalmente, um mero objeto de obtenção das necessidades da sociedade. 
      Em nível individual um pouco de coragem para quebrar regras é importante. As leis são feitas seguindo interesses diversos. Muitas delas não representam a vontade e nem o estágio de desenvolvimento da sociedade que elegeu os seus criadores. Ao tentar seguir inquestionavelmente quaisquer normas, o cidadão vai acabar descobrindo que não lhe sobrará recursos para realizar devidamente o que quer de sua vida. Mesmo na vida social algumas normas e convenções devem ser necessariamente quebradas para que se possa obter algum equilíbrio.
      Decididamente, a virtude não está em pensar definitivamente como patrão ou como escravo. É necessário encontrar um meio termo aceitável. Deve-se conjugar um e outro posicionamento, tendo em vista, tanto quanto possível, o bem estar dos outros seres humanos até em prol de si mesmo.  

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Objetivo ou subjetivo mas sempre curtindo


A leitura do Blog link da Laura Nolasco sobre o Livro O Menino do Pijama listrado localizado em I Just Believe: Semana 2-Livro que menos gostou trouxe à baila uma questão interessante. Trata-se de uma reflexão sobre a diferença entre o que é objetivo ou subjetivo.
É importante separar, pelo menos teoricamente, o que é opinião pessoal e dados objetivos. Você pode odiar filme de terror, mas não pode negar que alguns possam ser bem feitos. A fotografia pode ser boa, a escolha dos atores, os diálogos e por aí vai. Pessoalmente ou subjetivamente, pode-se não gostar de alguma coisa, mas com certeza, ela pode ter suas qualidades...

Pouco a pouco, algumas barreiras podem ser quebradas. É o caso de Vc tentar ver um filme de terror ou de Guerra e tentar fazer uma crítica sobre suas qualidades. Nesse momento, o que antes era apenas objetivo, que estava lá na obra, antes de Vc a ver, passa a ter significado para Vc. Então o seu subjetivo passa a incluir e ser aumentado pela objetividade.

Antes de mais nada, é importante curtir. Aproveitar cada obra, quanto possível e de acordo com nosso gosto pessoal. Só que também é importante tentar estender nossa reflexão a um plano mais amplo sempre.