segunda-feira, 3 de junho de 2013

Quanto mais desejo, maior a escravidão

O Ser Humano vai ficando escravo dos seus desejos.
Essa notícia sobre as filas para ir ao Cristo Redentor é um caso típico.
As pessoas vão alimentando os desejos de fazer determinadas coisas e o preço a pagar pode ser muito alto.
A sonhada viagem à Europa pode não ser realizado;
A compra daquele carro inglês pode ser postergada indefinidamente;
A casa nova pode nunca vir a ser concretizada;
No Livro e no filme "Nunca Te Vi, Sempre Te Amei", a Escritora Americana Helene Hanff  - Anne Bancroft - tem o desejo de ir à Europa conhecer o seu amigo de longa data. Ele é o vendedor de livros representado no filme por Anthony Hopkins e que ela tanto quer conhecer.
O livro tem a história toda
Somente muitos anos depois do auge da amizade entre os dois é que ela pode ir à Inglaterra. E o pior é que isso só acontece depois que seu amigo já está morto.
O bonito dessa História é que, ao invés de se entristecer e não produzir nada,  a escritora fez, sim, uma obra muito bela tratando de sua amizade com o Vendedor de Livros. Apesar de não aparecer no filme, a visita da autora à Inglaterra, muitos anos depois, incluiu até ser apresentada à família de Frank P. Doel.
Deixada de lado a lição positiva de fazer algo de bom com uma situação ruim, é importante ver que o desejo dela foi alimentado ao longo dos anos. Tivesse a autora consciência plena das dificuldades que teria para ir à Inglaterra e talvez ela não sofresse tanto. Certamente sofreria bem menos contentando-se com a amizade à distância e curtindo tudo já lhe era proporcionado de bom.
Voltando ao caso da ida ao Cristo Redentor, é preciso colocar as coisas em perspectiva. O sujeito está no Largo do Machado, humilhado em uma fila interminável. Sabe que se trata de uma prefeitura bagunçada e cheia de erros. E ainda vai se submeter a isso?
O que uma visita ao Cristo Redentor vai fazer de diferença na vida de uma pessoa?
Será que não havia mais nada para fazer?
Se a resposta for "sim", que vai fazer uma enorme diferença, então que se vá para a fila calado.
Mas, se ponderado, ir à praia for melhor, que se vá à praia!!!
O Cristo sempre vai estar lá, à espera de mais e mais gente que queira vê-lo.
A humilhação de ser torturado pela incompetência dos funcionários públicos só deve ser aguentada pelos poucos que não tem outra saída. Havendo um meio de cair fora da situação, que se caia...
Aos poucos o caráter pode ser treinado para que se possa resistir a tais desejos. Não será possível conhecer todos os lugares do mundo. Não será possível ir a todas as atrações turísticas. Não será possível ir a todos os shows de toda a gente famosa que existe por aí.
O melhor é se contentar com as oportunidades que forem surgindo e aproveitá-las ao máximo. Mas sem desespero por que essa ou aquela ideia não deram certo.


segunda-feira, 27 de maio de 2013

A lição da água e o samurai

Encontrando o caminho
Um post simples do FaceBook falou sobre a lição da água:
"aprenda com a água. Ela nunca se debate com o obstáculo. Apenas o contorna". 
A lição é simples e muito inteligente.
Quem tem uma meta não pode perder tempo tentando acabar com um obstáculo.
 É muito mais fácil passar ao largo. Sair fora.
A noção de justiça às vezes sugere a uma pessoa injuriada, por exemplo, que procure lutar por seus direitos.
Mas, surpreendentemente, justiça não é tão importante quanto bem estar.
É muito mais importante atingir os objetivos que fazer a justiça se realizar.
Um grupo de estudantes fecha uma calçada conversando e um transeunte se irrita. Outros mais calmos, no entanto, passam calmamente pela rua e vão embora, resolver seus problemas. Quem perdeu? Quem ficou nervoso. Quem não percebeu que ficar nervoso é o caminho mais difícil, mais cansativo e que não dá lucro nenhum.  
Além do mais, o choque, em busca da justiça, pode sair mais caro que desviar e seguir em frente.
O samurai entra na história por causa, justamente do choque.
Lutar somente se necessário
O samurai geralmente é forte e preparado para a luta. Ele vive pela espada.
Quando ele sacava a espada, para lutar por aquilo que acreditava, ele sabia que haveria sangue.
E, na maioria das vezes, era muito melhor seguir em frente e manter a meta do que brigar e correr o risco de morrer ou matar alguém por um motivo tolo.
Talvez um bom resumo dessa ideia seja: somente batalhar se estritamente necessário.
A meta deve ser seguida. O objetivo está lá na frente, chamando os que são avisados.
Só os incautos tentarão derrubar paredes. 

sexta-feira, 15 de março de 2013

Uma boa ideia se escreve sozinha

Escrever um texto pode ser muito difícil. Mas isso depende do assunto escolhido.
Para os casos em que o tema é imposto é necessário, antes de tudo um trabalhoso “brain storm”. Esse é o processo em que todas as ideias suscitadas pelo tema são baixadas ao papel para ajudar na elaboração do bendito texto que deve ser feito.
Outras vezes, no entanto, escrever sobre a ideia fica mais simples.
É o caso em que se está apenas, transformando em palavras um conjunto de informações que já existiam.
Claro que outras novas vão surgindo à medida que se escreve. Mas é claro que escrever sobre algo em que já se acreditava é muito mais fácil que escrever sobre algo impingido e que às vezes não faz parte do dia a dia de quem tem que escrever.
Nos concursos, por exemplo, o jeito é atender o melhor possível ao que está sendo pedido. Não cabe qualquer tipo de discussão sobre o que deve ser feito. Sendo a redação sobre tema técnico então, o jeito é escrever o mais coerentemente possível como o que já está em livros, jornais, revistas e na internet sobre aquele assunto.
Mas quando o caso é colocar no papel um assunto que foi amadurecido na mente, então é o melhor dos mundos. Sempre haverá conteúdo a ser compartilhado e sempre será possível aprender mais ainda com o assunto tratado.

Sempre lembrando, sempre aprendendo...

Todo mundo já deve ter reparado que a maioria dos médicos atende explicando o tempo todo o que está fazendo.
Talvez seja por uma opção pessoal, ou um procedimento que aprenderam na faculdade, ou ainda por que seja o mais usual.
O mais interessante é que fazendo assim, eles estão rememorando a matéria que aprenderam na escola.
E é isso que deve ser feito na vida.
Todas as vezes que um assunto puder ser lembrado, que seja. Que se faça um esforço para o utilizar, para trazer ele de volta à memória.
Um exemplo: Um assunto do 8º ano que é fácil de ser lembrado várias vezes: Há muitos anos, ensinava-se que “Circulação Causal Acumulativa” acontece quando os países que já são ricos tendem a ficar cada vez melhores. Já as nações pobres obedecem à tendência de terem cada vez piores condições de vida.
Sabendo disso, uma pessoa que não quisesse esquecer o assunto poderia lembrá-lo na maioria das vezes em que visse uma notícia a respeito de pobreza ou riqueza na TV.
Outro caso é o da Simbiose, que são aquelas orquídeas ou outras flores muito bonitas que se aboletam pelos troncos das árvores acima. Não precisa nem ser todas as vezes que se as vê. Mas, se, pelo menos em alguns encontros com esse fenômeno o cidadão, ou cidadã interessado em se manter informado, tivesse a boa vontade de tentar lembrar o nome do negócio, com certeza seria mais difícil de esquecer de vez.
Mais caro e mais corriqueiro que assuntos tão específicos é o uso da língua. Caso a pessoa nunca escreva ou nunca leia, vai ficar mais difícil de preservar o conhecimento que tem. Também é necessário exercitar o vocabulário: procurar não repetir a mesma palavra no mesmo parágrafo ou até mesmo no texto inteiro. De vez em quando cabe, sim, usar um sinônimo um pouco mais incomum de uma palavra que já tenha sido citada. Também é bom procurar ver o discurso de pessoas letradas para ver se não estão usando palavras interessantes para se aprender.
O importante é sempre lembrar. Exercitar a memória. Não ter preguiça de fazer o esforço mental. Assim, quando menos se espera e principalmente quando alguém estiver se preparando para um vestibular, por exemplo, as chances são muito maiores de aquele conhecimento não faltar.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A lei não é para todos, não tenha ilusão...

        Seria muito bonito afirmar que a lei alcança todo mundo, o tempo todo...
        Em um mundo perfeito todas as pessoas e todas as instituições estariam obrigadas ao cumprimento das leis. Mas não é assim que funciona.
        As empresas não cumprem a lei:
        A caminho do trabalho o sujeito vê um caminhão enorme de areia jogado, deliberadamente ou seja, por querer, no meio da rua...
        Andando pela cidade é fácil ver caminhões blindados parando em qualquer lugar.
O guarda para a viatura de qualquer jeito só para ir lanchar.
        As obras horrorizam a vida de todo mundo ocupando pistas inteiras do tráfego sem que nenhuma alma vida e imbuída de autoridade faça nada por isso.
        Os direitos de muitos empregados são descumpridos, como horas extras, por exemplo. E os empresários fazem isso pois sabem que nem todos tem coragem de reclamar. E têm certeza de que a justiça não será capaz de proteger ou de lhes fiscalizar em todos esses casos. 
        As pessoas não cumprem a lei:
        Um retardadinho que possivelmente comprou a carteira sai mudando de faixa sem acionar a seta para nada...
        Outro idiota tem coragem de tirar o carro da garagem para se deslocar a 20km/h ocupando a faixa da esquerda e discutindo a relação com a patroa...
         Uma senhora de boa família acha o clima seco e começa a passar creme hidratante, ao volante, no meio da rua.Quando não é batom.
         Outro atende o celular. Aliás, esse é um impulso que pode ser de qualquer um... 
         Até pessoas que tentam cumprir o melhor possível o que a legislação pede se surpreendem descumprindo algo. Por causa dos abusos de alguns, aquela garrafa de vinho dividida por um casal no restaurante pode muito bem resultar numa multa de quase R$2.000,00. Dinheiro esse cujo destino já se sabe muito bem. Provavelmente não vai ser bem utilizado, como se vê constantemente nas denúncias dos jornais. 
          C'est la vie!!! Isso é a vida. Fazer o quê? Administrar o melhor possível.
          O mundo não é justo e a vida em sociedade prova isso o tempo todo.
           Algumas leis são muito rigorosas com quem não precisava. Porém não conseguem alcançar a um monte de outras pessoas que deveriam realmente ser perseguidas.
           Como diria Renato Russo,
"Essa justiça desafinada
É tão humana e tão errada
"
            Em duas linhas o Cara captou uma coisa: A justiça é um reflexo da própria imperfeição humana. E fez o pior xingamento que um músico pode fazer a uma coisa qualquer: a chamou de desafinada, ou seja, irregular, feia, torta e principalmente, mal feita.
            Claro que há vários motivos muito menos nobres para que as coisas sejam assim. As armações dos políticos, a falta de vontade do povo de se mobilizar, os riscos envolvidos em se levantar a voz, dependendo da situação. Os recursos gastos com as instituições que deveriam fiscalizar também são pequenos. E mais um montão de outros problemas. Tudo isso interfere para que as leis sejam tortas e mal aplicadas.
            Mas o cerne, o mais importante da questão é que a justiça é feita pelo próprio homem. E as fraquezas, a incompetência e a falta de vontade acabam por fazer com que as coisas seja do jeito que são. 
E então, o que fazer?
             O que o Ser Humano tem feito durante toda a sua existência. Resistir e vencer. Ou pelo menos tentar. Se o resultado dos esforços positivos não fosse maior que os negativos, então a terra não existiria mais. Pode parecer até piegas ou lamurioso, e é um puta chavão, mas "O bem vence o mal". Quando não vencer, essa terra, caso ainda exista, será totalmente desabitada. 
              Individualmente, o jeito é batalhar. Procurar fazer a própria parte da melhor maneira possível. Como não se pode resolver todos os problemas, o melhor é resolver o da gente. Na medida do possível, como feito neste texto, pode-se discutir os assuntos e refletir a respeito. Essa reflexão, esse conhecimento e discussão do mundo é uma das características que faz o Ser Humano diferente.
             A luta faz parte da vida. Epícuro era bem chegado a filosofar sobre prazer. Mas uma de suas melhores frases fala das adversidades e do lucro que se tem com elas.
"Os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e tempestades."
            Estudar e trabalhar muito são formas de ficar menos à mercê das ilegalidades permitidas. O resultado de algumas decisões das outras pessoas pode servir de exemplo e direcionar a tomada de decisões. Como diria Bismark,
"Só os tolos não se aproveitam da experiência alheia"



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Pensar o inesperado e fazer o melhor


Em um livro muito famoso chamado Pollyanna, a protagonista  usa de um artifício aprendido com o pai para subverter as situações que poderiam ser ruins. Numa segunda feira, por exemplo, ela diz que fica muito feliz por ser o dia mais distante de uma outra segunda feira. Ao ganhar muletas, no natal, ela fica feliz por não precisar delas. 
Claro que a vida é mais complicada! Claro que não é a melhor coisa do mundo acordar cedo, ou chegar a segunda feira ou acabar as férias. Todo mundo passa por essas situações. Mas a superação desses pensamentos e o dar continuidade à vida, da melhor maneira possível é que fazem a vida valer a pena. 
Ter as reações certas nos momentos certos é fácil. Difícil é se educar para fazer o melhor possível quando tudo é adverso, quando as coisas não dão muito certo.
Todo mundo espera que você haja de determinadas maneiras em certas situações. 
Sentir-se incomodado por ter que ficar esperando, por exemplo. A impaciência no trânsito quando ele está lento.
As empresas de televisão vivem disso ao produzirem emoções baratas para quem assiste a uma novela ou a um reality show
Entre as crianças e adolescentes pode ser a vontade de não estudar. A vontade acordar mais tarde. A "raivinha" por causa de um professor mais severo. 
Isso é o básico. Qualquer ser humano se comporta assim, e tem essas reações, naturalmente. 
Difícil, mas extremamente recompensador, é reverter as situações e fazer o inesperado. 
Tente ver as vantagens de acordar mais cedo por exemplo. Pode colocar no papel, mesmo. O dia mais longo. Uma quantidade maior de tarefas que podem ser feitas. Tirar mais tempo para si mesmo. 
Aquele professor mais exigente pode ser o que faltava para você começar a levar a sério a escola. Pode ser nesse momento que você vê que há motivos bons para trabalhar mais firme nos deveres, por exemplo. Mesmo por que, um dos motivos pelos quais ele pode parecer severo é pelo fato de você parecer fraco. Portanto, a melhor maneira de reagir a ele é provar o contrário. 
Esse é um bom caminho para amadurecer bem e atingir os objetivos almejados. Aliás, é uma boa maneira, mesmo, de saber o que se pode conseguir a partir do esforço que é feito. Fazendo as escolhas certas, nos momentos certos, principalmente se a "galera" tende a ir no caminho contrário, é que se consegue fazer coisas realmente importantes.
Maturidade é, entre outras coisas, a capacidade de saber os efeitos de um comportamento de hoje. É saber que uma coisa que não é feita agora pode dar um grande prejuízo depois. Estudar pouco ou não estudar. Não se preocupar em adquirir cultura de verdade. Não buscar os sentimentos mais nobres para si mesmo e nas pessoas que o cercam. 
Treinando bastante, a maturidade pode chegar de uma maneira muito mais tranquila e com enormes benefícios. 

Inteligência ajuda, persistência define


       Como é que ele se deu bem no vestibular!
        Fulano passou em um concurso...
        Não é que ela acabou fazendo a maratona, mesmo!?
        A casa foi mais difícil de comprar mas acabou dando certo...
        O que será que realmente define a capacidade de uma pessoa de alcançar bons resultados?
         Alguma inteligência superior?
         As condições que lhe são dadas para tentar alcançar seus objetivos?
         A ajuda de pais conscientes que sabem cobrar na hora certa e ajudar quando for necessário?
         A presença de um amigo ou um relacionamento que o incentivem sempre a melhorar e obter o máximo da vida? 
         Não é muito difícil de perceber que todas essas coisas são importantes. Mas nenhuma é definitiva.
A inteligência pode não contribuir tanto, mas a pessoa pode se superar com a boa vontade e esforço continuado.
As condições podem não ser as ideais numa determinada etapa da vida, mas, com esforço, pode-se, mesmo devagarinho, ir conseguindo vencer etapas e mais etapas e então em em algum momento da vida acaba-se alcançando o ambiente correto para estudar, trabalhar e batalhar pelos seus objetivos.
          Em relação aos pais,  pode acontecer de que, apesar da boa vontade não tenham conhecimento ou comportamento que incentive a tentativa dos filhos de buscar bons resultados. Ainda pesam o medo de estar forçando demais, a tentativa de ser o mais agradável possível e a vontade de manter o clima de casa sempre agradável.
         Os relacionamentos são sempre um mistério. Incentivam algumas qualidades e prejudicam outras. Um bom amigo que seja muito boêmio não é incentivo para dedicação a estudo e treinos. Um namoro pode acontecer da maneira errada e mesmo na hora errada e prejudicar a concentração e despender um tempo maior que o aceitável. Em geral, os bons relacionamentos são aqueles que fazem a pessoa querer ser melhor, querer se desenvolver. Tudo isso dentro de suas condições e de acordo com sua capacidade.
         Tudo que foi citado acima influencia em menor ou maior grau a capacidade de obter resultados que uma pessoa tem. Cabe a cada um descobrir os seus pontos fracos e tentar se livrar dos aspectos negativos. Um bom amigo que faz convites em hora errada pode ser avisado de que está sendo inconveniente. Se for amigo mesmo, tentará ser o primeiro a compreender. Nos relacionamentos é praticamente a mesma coisa.
         As pessoas que convivem com quem busca resultados especiais devem ser compreensivas quanto à sua limitação temporária em relação a participar de todas as atividades. Pouco a pouco, com maior ou menor esforço quem se esforça por um objetivo acaba descobrindo um meio de organizar as coisas a seu favor. É a velha máxima "Onde existe uma vontade, existe um caminho".         
        Mas o que realmente vai pesar mais que tudo isso é justamente essa capacidade de se fixar em um objetivo e segui-lo. Manter o foco. PERSISTIR. Todas as outras atividades são auxiliares. As pessoas ao redor não devem ser desprezadas, mas avisadas de que sua participação é importante no processo. E que, principalmente, todos podem ganhar com os resultados obtidos. Quem se opor a esse processo, passando por cima dos objetivos pessoais do companheiro deve estar consciente de sua responsabilidade pelo futuro do outro e o próprio.
         Tratados dessa forma, objetivos como completar uma maratona ou fazer uma viagem poderiam ser considerados menores. Como não influenciariam, supostamente, a carreira e a vida dos envolvidos talvez fosse o caso de não se envidarem tantos esforços para serem atingidos. Mas na mente de quem se propõe a fazer essas coisas a meta a atingir pode ser tão importante quanto. E os demais devem respeitar tanto quanto possível as decisões e as vontades daqueles de quem julgam gostar. 
         O medo de não conseguir deve ser relevado pela ideia de que vai se continuar tentando e tentando e tentando, sempre. Perseverança é a palavra certa para quem quer alcançar melhores resultados. Até por ser uma grande arma para espantar o medo. A certeza de que o resultado vai ser alcançado de alguma forma é muito importante. De alguma maneira, o esforço despendido acaba sendo aproveitado.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Pode não gostar, mas é bom...

         Época de carnaval...
         Coisa extremamente chata, repetitiva...
         As mesmas fantasias, os mesmos adereços, as mesmas músicas de letras paupérrimas...
         Novamente as mesmas estradas cheias, as mortes de sempre, foliões se engalfinhando... Bêbados se esfalfando e se destruindo no álcool... E mais e mais violência...
         Mas como são extraordinários e bonitos os resultados!
        Pode ser o visual de uma passarela do samba com sua riqueza máxima no Rio de Janeiro ou São Paulo...
        Pode ser a alegria de uma família que se reencontra ou um bando de amigos que brincam no bloco da esquina...
        Pode ser o sossego de quem se esconde de tudo e curte um fogão de lenha e o barulho da cachoeira...
        Importante é tentar ver a verdade disso tudo...
        Há verdades diferentes para cada ser humano. As verdades de cada um, que não impedem as dos outros de serem o que são, fazem parte dessas pessoas e de tudo que o mundo significa para elas.
        Negar a beleza dessas verdades é ignorar o mágico que existe em cada possibilidade, em cada ser humano...
         Continuar a negar é perder o bonde da concordância, da paz e da bondade. Não a bondade solidária e altruísta. Não! Mas a bondade que permite o novo, o diferente, o mais rico e o mais belo SEGUNDO A CONCEPÇÃO DE CADA UM...
         Outra vez o objetivo e o subjetivo brigam para serem assimilados.
         As escolas de Samba são escolas de organização também. Milhares de pessoas, água, banheiros ou a inexistência deles, roupas, socorro em caso de necessidade. Controlar harmonia, evolução, tempo disso, tempo daquilo. Tudo exige uma capacidade de se organizar que poderia dar inveja a muitas multinacionais por ai.
         Por um trio elétrico na rua, com som alto e grandes geradores, administrar os recursos financeiros, negociar contratos e agendar os compromissos também não deve ser uma coisa fácil.
        Mas apesar disso tudo, alguém pode não se sentir à vontade com os barulhos altos, com o desgaste físico ou com as noites sem dormir. Também podem ser questionados os pobres valores culturais envolvidos, a falta de engajamento político e até a alienação partidária.
         Mas não se pode negar a capacidade de realizar dessas pessoas. Não se pode questionar os resultados estéticos ou seja a beleza e a força de uma escola entrando e ocupando toda a visão possível dentro de um sambódromo, por exemplo. E não se pode questionar a beleza das passistas, ainda que, por motivos religiosos, se lhes quisessem ver mais vestidas...
         Por outro lado, o folião também há de querer seus momentos de sossego. A volta ao lar e à família que é o objetivo de muitos no feriadão do carnaval pode ser desejo compartilhado por muitos em algum momento de suas vidas.
          O amor pela natureza e pelas coisas simples já foi até tema de carnavais. Prova de que é visível ao carnavalesco que haja outros modos de se curtir esses momentos e que sejam diferentes daqueles que lhe parecem ideais.
         Com um pouco de esforço todos podem buscar algo a ser respeitado no outro. Isso pode acontecer por empatia, colocando-se no lugar dele. Pode também acontecer por respeito à grande capacidade de realização, que aqui se procura demonstrar.
         Ganham mais com o carnaval todos aqueles que sabem aceitar e curtir todas as possibilidades, apesar de escolher a sua predileta e dela usufruir. Ganha mais ainda quem sabe se mirar nesses exemplos de diversidade e extrapolar o que está vendo para outras situações de sua vida. Pequeno seria o mundo se todos optassem somente pelos desejos da maioria. Não há escolhas totalmente sábias ou totalmente idiotas para se posicionar sobre algo. O importante é respeitar a diversidade e aprender com ela, a aprender sempre!


O silêncio mata!!! Não ouvir, não observar é pior ainda...

Um motorista cochilou e bateu o carro. Levou mais quatro com ele.
Certamente nenhum dos mortos tentava conversar com ele naquele momento.
Um funcionário novato do supermercado empilhou muitas caixas de pão e elas caíram sobre uma criança de colo. Será que alguém já o havia avisado do perigo? Será que ele aprendeu a lição para não mais errar?
Certamente ninguém falou com o funcionário que ele não devia fazer uma pilha tão grande.
As crianças mortas na boite. A muitas delas nunca foi dito que havia perigo. Muitas outras jamais ouviram quando lhes disseram isso.
Falar, e ouvir. Dividir, compartilhar mas também saber receber, prestar atenção, mirar-se nos bons exemplos.
Essa interação é que move o mundo para a frente. Mesmo que seja bem devagar.
E é o que acontece o tempo todo. O problema é que a maior parte é perdida pois não há treinamento para se observar e APREENDER o que se está percebendo.
Um carro desgovernado poderia ter sido visto bem antes pelas pessoas que estavam no ponto. Fones de ouvido, celulares, conversas sem nenhuma atenção ao que acontecia em volta. Um pouco de atenção a mais pode facilmente compensar uma dessas distrações. Mas é necessário prestar atenção.
Ouvir, falar, transmitir, receber, observar. Mantras poderiam ser feitos a respeito. Ligar-se no mundo e vivê-lo. Os motivos são muitos. Absorver experiências, se aprimorar. Isso também é tomar cuidado e se proteger. Mas também é uma forma de obter vantagens competitivas.
Vive mais quem mais observa. Vive mais quem mais aprende. Vive mais quem mais interage, respeitando os próprios limites. A vida fica mais rica. A pessoa fica mais rica ao procurar absorver o mundo que a cerca e o máximo das informações oferecidas.
Como acréscimo, vem o zelo pessoal. Prestando atenção à sua volta não só se aprende mais, se desenvolve mais e, automaticamente, a pessoa cuida de si mesmo e dos outros. Estando ligados nos barulhos, imagens, o povo à sua volta, nos veículos e tudo mais o indivíduo se protege de surpresas desagradáveis. Todo o grupo lucra devido à atenção que é dada aos detalhes, aos veículos, ao clima, ao solo e a todo estímulo por alguém mais avisado.
Do ponto de vista competitivo é fácil visualizar os lucros de ser observador. O vestibulando que tem por costume ver um jornal televisionado tem muito maior chance de sucesso que aquele que brincava de skate ou até mesmo estudava naquela hora perdendo a oportunidade de aprender conhecimentos gerais. A senhora que, sentada no ponto de ônibus, não fica de costas para o tráfego tem uma chance muito maior de conseguir se defender de um acidente.
É necessário observar o máximo possível. Prestar atenção em tudo que for possível. Conversar com o máximo de pessoas não é um favor a elas. Aprende-se mais, vive-se mais. Ganha-se mais em segurança e informações. Ganha-se mais da vida.



Eleições e política - poucas palavras

Quanto a eleições e política em geral, o melhor seria não gastar muito tempo com isso. Na maior parte das vezes os candidatos são eleitos pelo carisma que tem e a lábia que possuem para enganar seus eleitores.  Quem elege os candidatos é a massa, ou seja, a enorme maioria que abandonou a escola e que não tem a mínima condição de julgar o que pode ser bom e ruim em uma pessoa. O melhor mesmo, nessa bagunça, é se precaver contra perseguições ou outras situações desagradáveis devido ao posicionamento político.

Os  candidatos  não são escolhidos pelo aprendizado que tiveram. O currículo tanto escolar quanto de trabalho não tem quase peso nenhum para alterar a escolha de quem vai governar ou representar um povo. Vence o mais falador, que tenha melhor aparência ou aquele com que o povo mais se identificou. Não importa o que ele já tenha aprontado.
Exemplos: Fernando Collor foi eleito com 35 milhões de votos para presidente. Pergunte-se a qualquer senhora o que ela achava da aparência física dele e se isso não pode ter interferido. Por outro lado, em Brasília, uma vez, um candidato aparentemente analfabeto concorria com Cristóvão Buarque para uma eleição. Depois de ser arrebentado no debate pelo concorrente, fez-se de vítima e angariou simpatia do povo. Comentário das copeiras no ministério, no dia seguinte: Tadinho do seu "fulano", um homem tão bom sendo humilhado por aquele metido. Ainda pesou a favor do "tadinho" o fato de que prometeu lotes à vontade, caso fosse eleito.
O direito de todos a votar se chama sufrágio universal. Em um estado de democracia e principalmente num país que sofreu anos de regime militar não há espaço para discutir tal direito. Então todos votam. Mas ninguém é obrigado a sequer ler a constituição para saber o que é o Estado. Para dirigir é necessário uma carteira de motorista. Mas para ser eleitor não é necessário nem ler. A "colinha" dos números é um costume antigo e que não foi abandonado nem mesmo na era da informática.
O caso é que não há senso crítico na avaliação dos candidatos. As políticas públicas, em sua esmagadora maioria, são traçadas sempre com o objetivo de atender o quesito da "visibilidade". Quanto mais se fizer pelo povo sem se cobrar nada, melhor será o resultado nas urnas. Enquanto isso, nos pequenos povoados do interior e nas comunidades se perpetuam as gerações e mais gerações de pessoas inertes que vivem à mercê dos programas assistencialistas e das benesses que o serviço público se obriga a lhes propiciar. Quem paga por isso é o cidadão de classe média que paga os impostos direta ou indiretamente, todos os dias. Impostos pagos diretamente, numa linguagem bem simples, são aqueles que o dinheiro sai direto do bolso do contribuinte para o caixa do governo: IPTU, IPVA e Imposto de Renda. Indiretamente, porém, são pagos ICMS, IPI ou outros similares em cada pãozinho, em um quilo de fubá, no custo de uma folha de caderno e em quase tudo que se necessitar no dia a dia.

O importante nisso tudo é ver que alguns cidadãos conseguem estar acima de todos os problemas. A classe média e mesmo a classe que lhe vem logo abaixo tem sobrevivido a isso tudo. Os obstáculos aparecem e os pequenos empresários os vão contornando. Mais um imposto aqui, mais uma taxa ali, e mais 500 folhas de novos documentos que são necessários ali. Nada abate definitivamente a força que tange o pequeno empresariado, os funcionários públicos e outros prestadores de serviço entre os quais se incluem os professores, por exemplo.
Apesar de as escolhas não serem as ideais, de os eleitores e muito menos os eleitos não serem tão escolhidos quanto poderiam, ainda há esperança. Essa bagunça tem sido desse jeito há muitos anos e para mudar ainda vai demorar muito. Os valores em geral vão sendo mudados e com eles as formas de manipulação da opinião pública e as ofertas para que se acredite que algo novo e realmente honesto vai surgir.
É importante não se abater por isso e mais ainda, não se deixar levar pela falta de caráter quase generalizado. O mistério é descobrir formas de contornar a incompetência, a má vontade e todos os outros valores ruins e ainda assim se dar bem, no bom sentido da palavra. E é importante refletir de vez em quando, no que está acontecendo para se manter protegido. E ter uma opinião, um senso crítico, enquanto ele não é proibido.
Por enquanto não começaram a matar ninguém por avisar os outros, não. Por enquanto.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Corra Lola! para ser a ponte...

         A busca de informações sobre Freud para escrever um texto revelou um blog chamado “Escreva Lola, Escreva”. De forma bem provocativa, mas com um texto bem construído e uma argumentação razoável a moça que o escreve generaliza os homens com o termo “mascus”. Não fica claro se ela deixa qualquer exceção. Também não foi possível ficar lendo mais coisas dela, por falta de tempo e por que não ser sincero, por falta de vontade, também
        O nome do Blog é uma brincadeira com “Corra Lola, Corra”, nome de um filme excelente, um verdadeiro clip musical de longa duração dirigido por Tom Tykwer e que movimentou bastante gente no seu lançamento.
         Em relação ao conteúdo,  como se pode ver no blog, (a pesquisar) a autora mostra alguns posicionamentos masculinos que ela captou na internet e que ela considera fracos e até ridículos. A leitura do texto principal e dos comentários suscitou a ideia de elaborar um comentário que foi colocado na página e está aguardando aprovação.
         Os comentários lançados por outros leitores estão repletos de comparações, ataques verbais e outros sentimentos menores e que raramente acrescentam fatos novos à discussão.
         A questão mais interessante, entretanto, seria inclusive, se vale a pena discutir assuntos já velhos e repetidos. Principalmente para quem já pensa um pouco mais e principalmente para quem tem um pouco mais de experiência de vida - modo eufêmico de falar dos quarentões. Já não seria o caso de algumas pessoas haverem superado essas coisas e tentarem ver que é nas diferenças que estão a riqueza de possibilidades do ser humano? E que o importante é educar o caráter, procurar razão nas coisas, ter metas definidas a exemplo de dar uma boa educação e uma boa índole aos filhos e por aí vai?
         As brigas que tem um fim em si mesmas são apenas perda de tempo e se transformam em circo. Circo sim,  pois muitos que estão de fora se aproveitam para se divertir com os embates que, no final, vão ser cansativos para todos. Até para o vencedor, se o houver.
         Pela leitura do comentário talvez seja possível entender o posicionamento que se tentou demonstrar.
         Segue:
“Bom Dia! Hoje estava procurando algo sobre Freud para escrever sobre amor romântico e sexo e achei esse o blog “Escreva Lola, Escreva”
Oh Lola, eu acho que mais importante é não fomentar o atrito. Ele já existe e sempre vai existir.
Não é exatamente o seu caso, mas para que procurar comparações, ataques verbais e realçar exatamente o que há de ruim?
Essa capacidade toda de escrever e de pensar as situações que a gente vê nos comentários, por exemplo e em alguns outros textos, poderia ser MUITO mais eficaz se fosse direcionada para entender o que causa essas diferenças todas.
Nós somos o resultado de anos e anos de vivências, de memórias que vão ficando e não, as coisas não vão mudar muito rápido por causa de posicionamentos radicais.
Arte muito bonita e na qual as mulheres têm maestria branca é a de convencer as pessoas de que uma determinada coisa é boa para elas. É possível fazer com que a pessoa decida que tal coisa é boa, sem confrontá-la de forma nenhuma. E todos nós podemos fazer isso devagarinho.
O fiel da balança é o BEM ESTAR, a busca da felicidade conquistada e a educação do caráter como diria Nietzsche. Sem isso como meta, nós ficamos perdidos e a luta, o embate, vira um fim em si mesmo...
No mais, Felicidades para Você e seus leitores. Gostei muito de escrever essas coisas e vou adaptar para o meu blog. VAMOS SER A PONTE”

         Intuitivamente, muita gente já vive essa constatação no seu dia a dia: As brigas, o posicionamento machista ou feminista não demonstraram ser muito produtivos. O que provou ser bom mesmo é o carinho com que se fazem as coisas, a alegria de interagir e mostrar às pessoas o seu lado bom e junto com elas, e não contra realizar coisas. O importante é obter os resultados desejados.
         Homem ou mulher, muitos aprenderam se calar quando o problema é realçar os pontos ruins de cada um. Como dito antes, nas diferenças, no reforço contínuo das boas características é que está a maior riqueza de possibilidades para o ser humano. Sejamos a ponte para o homem depois do homem – Nietzsche. Não  um muro.
Obs.: Relendo o texto do comentário depois de mandado sempre aparecem detalhes que poderiam ter sido melhorados. Mas o caso aqui é o de mostrar exatamente o que foi posto no blog.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Filosofia de escravo e filosofia de senhor – Questão de bom senso


      Nietzsche dividiu as forma de pensar do ser humano em pelo menos dois ramos.  
      Uma é da pessoa que precisa de um guia. É o “escravo”. Ela está determinada a ser obediente sempre e a cumprir tudo aquilo que lhe for mandado. Todas as convenções da sociedade também funcionam para este tipo de pessoa como se fossem verdadeiras ordens. Para esses casos não são necessários nem exemplos. A maioria das pessoas tem um pouco disso em maior ou menor grau.
      Do outro lado aparece a forma de pensar do patrão. O mundo gira ao seu redor. Todos lhe são devedores. As regras são feitas para ele e escolhe sempre aquelas que vai obedecer. A humanidade nas outras pessoas não existe. O importante são as metas.
      É o tipo mais fácil de exemplificar: a grande maioria de patrões e empresários que tripudiam de seus empregados. Em seus carros, geralmente os maiores, não podem fazer uma cortesia sequer. Não se preocupam em respeitar normas básicas de trânsito a não ser por medo da perda financeira com a multa. Os outros seres humanos estão a seu dispor para obterem o melhor de tudo. O fato de terem que cumprimentar alguém já lhes causa asco ou somente é feito quando há interesse envolvido. Costumam perder muitas oportunidades de fazerem amigos bons ou grandes negócios por serem altamente “seletivos”.
      O interessante dessa questão é que, apesar de tudo, não há um lado certo para escolher. Há apenas a maneira certa e o momento de usar cada forma de pensar. Como disse Aristóteles, “a virtude está no meio”, cabe usar o bom senso. Um bom crivo a ser utilizado na escolha dos posicionamentos é o respeito à humanidade das pessoas. Ou pelo menos ao seu bem estar.
      O respeito absoluto às regras, às convenções e mesmo às leis já causou muitas tragédias por aí. Veja o caso do Povo Alemão na Segunda Guerra. Se não foram as piores vítimas foram, com certeza as primeiras e as últimas do nazismo. Tudo pela obediência excessiva e a falta de questionamento do que estava sendo feito com seu próprio povo. Extrema necessidade de um guia, literalmente, em alemão "Führer”, e o tiveram. Aos burocratas inveterados e idiotizados pelo poder não poderia ser dado presente maior que uma devoção dessas. Os políticos amariam.
       Por outro lado, em nível coletivo, o pensamento de patrão tem suas vantagens. Empresários altamente condescendentes não conseguem manter os negócios funcionando. Distribuem vantagens demais. Não negociam as melhores condições para a empresa e acabam destruindo-a. E junto se vão os empregos e a estabilidade da própria família de seus empregados. Neste caso, mesmo que sua dureza resulte em falta de humanidade, ele se torna quase que literalmente, um mero objeto de obtenção das necessidades da sociedade. 
      Em nível individual um pouco de coragem para quebrar regras é importante. As leis são feitas seguindo interesses diversos. Muitas delas não representam a vontade e nem o estágio de desenvolvimento da sociedade que elegeu os seus criadores. Ao tentar seguir inquestionavelmente quaisquer normas, o cidadão vai acabar descobrindo que não lhe sobrará recursos para realizar devidamente o que quer de sua vida. Mesmo na vida social algumas normas e convenções devem ser necessariamente quebradas para que se possa obter algum equilíbrio.
      Decididamente, a virtude não está em pensar definitivamente como patrão ou como escravo. É necessário encontrar um meio termo aceitável. Deve-se conjugar um e outro posicionamento, tendo em vista, tanto quanto possível, o bem estar dos outros seres humanos até em prol de si mesmo.  

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Objetivo ou subjetivo mas sempre curtindo


A leitura do Blog link da Laura Nolasco sobre o Livro O Menino do Pijama listrado localizado em I Just Believe: Semana 2-Livro que menos gostou trouxe à baila uma questão interessante. Trata-se de uma reflexão sobre a diferença entre o que é objetivo ou subjetivo.
É importante separar, pelo menos teoricamente, o que é opinião pessoal e dados objetivos. Você pode odiar filme de terror, mas não pode negar que alguns possam ser bem feitos. A fotografia pode ser boa, a escolha dos atores, os diálogos e por aí vai. Pessoalmente ou subjetivamente, pode-se não gostar de alguma coisa, mas com certeza, ela pode ter suas qualidades...

Pouco a pouco, algumas barreiras podem ser quebradas. É o caso de Vc tentar ver um filme de terror ou de Guerra e tentar fazer uma crítica sobre suas qualidades. Nesse momento, o que antes era apenas objetivo, que estava lá na obra, antes de Vc a ver, passa a ter significado para Vc. Então o seu subjetivo passa a incluir e ser aumentado pela objetividade.

Antes de mais nada, é importante curtir. Aproveitar cada obra, quanto possível e de acordo com nosso gosto pessoal. Só que também é importante tentar estender nossa reflexão a um plano mais amplo sempre.